Nos últimos posts falei basicamente de viagens, passeios, etc. Então resolvi escrever um pouco do trabalho também, para não acharem que minha vida aqui é só sombra e água fresca.
Hoje sou engenheiro de pesquisa no INRIA, instituto Francês de pesquisa em computação, em um dos centros localizado no parque tecnológico Sophia Antipolis, o Vale do Silício da França.
Hoje sou engenheiro de pesquisa no INRIA, instituto Francês de pesquisa em computação, em um dos centros localizado no parque tecnológico Sophia Antipolis, o Vale do Silício da França.
O ambiente em aqui é interessante, para os geeks e nerds, claro. É difícil encontrar um engravatado, contudo é fácil encontrar alguém de bermuda e havaianas pronto para discutir física, robótica ou vídeo games. Ahh e a maioria prefere smartphones android a Iphones. :)
O INRIA tem muitas equipes e projetos, e particularmente sou membro da equipe Pulsar que desenvolve projetos na área que chamamos de visão computacional (VC), em poucas palavras, desenvolvimento de sistemas inteligentes que envolvem processamento e análise de imagens/vídeos (estou colocando links no texto para quem quiser mais detalhes).
Existem inúmeras aplicações nesta área, você já deve ter visto, por exemplo, o reconhecimento de faces na sua maquina fotográfica ou controles de vídeo game como o kinect que reconhecem movimentos usando cameras, estas são aplicações que utilizam técnicas de visão computacional. Eu por exemplo, já trabalhei com detecção automática de sinais de transito em imagens, identificação de objetos em imagens aéreas para navegação autônoma de aeronáves não tripuladas, etc..
Hoje a minha função aqui é estudar e desenvolver métodos automáticos para identificação de eventos. O objetivo é analisar o comportamento de pessoas ou objetos em vídeos. Tenho trabalhado com vídeos de pessoas em estações de metrô, meu modelo deverá identificar eventos como, pessoas comprando bilhetes, correndo ou se comportando de forma anormal.
É engraçado trabalhar com estes vídeos, vejo muitas cenas curiosas, quem nunca fez uma gracinha para a camera? Pessoas acenando ou mesmo dançando para a câmera. Portanto quando ver uma camera de agora em diante, não espere estar sendo visto apenas pela pobre pessoa da segurança que poderia estar dormindo ou vendo uma partida da futebol. Estas cameras vão ficar cada vez mais inteligêntes, cuidado, vai começar o big brother da vida real, hehe. Isso me lembra um filme muito bom chamado Controle Absoluto (Eagle Eye) onde as pessoas são monitoradas pela segurança pública o tempo todo.
O INRIA tem muitas equipes e projetos, e particularmente sou membro da equipe Pulsar que desenvolve projetos na área que chamamos de visão computacional (VC), em poucas palavras, desenvolvimento de sistemas inteligentes que envolvem processamento e análise de imagens/vídeos (estou colocando links no texto para quem quiser mais detalhes).
Existem inúmeras aplicações nesta área, você já deve ter visto, por exemplo, o reconhecimento de faces na sua maquina fotográfica ou controles de vídeo game como o kinect que reconhecem movimentos usando cameras, estas são aplicações que utilizam técnicas de visão computacional. Eu por exemplo, já trabalhei com detecção automática de sinais de transito em imagens, identificação de objetos em imagens aéreas para navegação autônoma de aeronáves não tripuladas, etc..
Hoje a minha função aqui é estudar e desenvolver métodos automáticos para identificação de eventos. O objetivo é analisar o comportamento de pessoas ou objetos em vídeos. Tenho trabalhado com vídeos de pessoas em estações de metrô, meu modelo deverá identificar eventos como, pessoas comprando bilhetes, correndo ou se comportando de forma anormal.
É engraçado trabalhar com estes vídeos, vejo muitas cenas curiosas, quem nunca fez uma gracinha para a camera? Pessoas acenando ou mesmo dançando para a câmera. Portanto quando ver uma camera de agora em diante, não espere estar sendo visto apenas pela pobre pessoa da segurança que poderia estar dormindo ou vendo uma partida da futebol. Estas cameras vão ficar cada vez mais inteligêntes, cuidado, vai começar o big brother da vida real, hehe. Isso me lembra um filme muito bom chamado Controle Absoluto (Eagle Eye) onde as pessoas são monitoradas pela segurança pública o tempo todo.
Também estou tentando aproveitar para conhecer outros projetos no INRIA, existem muitas coisas interessantes sendo desenvolvidas por aqui. Semana passada eu fui voluntário de um experimento de navegação em um ambiente de realidade virtual. Era uma uma sala com projeções nas 3 paredes (frontal e laterais) além do chão. Coloquei óculos 3D e alguns dispositivos nas mãos para reconhecer meus movimentos. O objetivo era explorar alguns ambientes virtuais e realizar algumas tarefas simples como, seguir alguns caminhos e tocar em algums objetos.
Laboratório de navegação imersiva INRIA
Eu explorando o ambiente virtual, infelizmente não conseguimos os mesmos efeitos na foto, mas o cão parecia muito real, ele se levantava e latia quando eu me aproximava dele.
Eu sempre fui fascinado por ciência, pois me faz “enxegar” o futuro. Muitas das coisas que estamos estudando podem melhorar nossas vidas e fazer parte de nosso cotidiano em anos ou talvez décadas. Mas antes de vir para França desta vez, eu também tive uma excelente experiência profissional de um ano e meio, onde pude aprender muito sobre o mundo dos negócios. Então, voltar para o meio científico tem sido uma experiência muito diferente das outras vezes, pois tenho uma visão muito mais prática e objetiva das coisas, o que nem sempre acontece neste ambiente. Espero encontrar um meio termo para minha futura carreia, entre a industria e a ciência. :)
Postarei quando tiver mais alguma experiência interessante, até o próximo post !